Dengue é uma doença febril grave causada por um vírus transmitido por picadas de insetos, especialmente os mosquitos. O transmissor da dengue é o mosquito Aedes aegypti, que precisa de água parada para se proliferar. O período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região, mas é importante manter a higiene e evitar água parada todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver.

A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, galões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.

Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia – quando os mosquitos são mais ativos – proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser uma das medidas adotadas, principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia, como bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos.

Nossa região está em alerta com um grande número de casos da doença, por isso é preciso que cada cidadão faça o mínimo necessário para que mais casos e mortes não venham a ocorrer. Não é só o poder público que é responsável, mas toda população. Para ajudar na prevenção medidas simples podem ser adotadas, como substituir a água dos pratos dos vasos de planta por areia; deixar a caixa d´água tampada; cobrir os grandes reservatórios de água, como as piscinas, e remover do ambiente todo material que possa acumular água (garrafas pet, latas e pneus).

O Rotaract Club de Rolândia Caviúna elaborou um projeto para ajudar no combate a dengue. Nesta última quinta-feira, dia 6 de fevereiro, em reunião conjunta entre os Rotary Rolândia e Rolândia Caviúna,  os jovens do Rotaract demonstraram como fazer uma armadilha para atrair, capturar e eliminar o mosquito. Essa demostração serviu de complemento para uma palestra realizada no mesmo dia e horário pela Secretaria Municipal de Saúde, que abordou sobre  as ações e os números de combate ao Aedes Aegypti. De agosto de 2019 a 30 de janeiro de 2020. até essa data Rolândia registrou 33 casos de dengue, sendo 32 autóctones e 1 importado. Estiveram presentes nesta apresentação a companheira Marisa Mendes, Secretária Municipal de Saúde e representante da Vigilância em Saúde, que esclareceram muitas dúvidas e apresentaram a situação atual da cidade com relação a Dengue.

O primeiro Índice de Infestação Predial do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), do ano, ocorrido no município de Rolândia entre os dias 20 e 23 de janeiro de 2020, apontou o índice de 5,1%, aumento de 3,8 pontos percentuais em relação ao LIRAa anterior, realizado em outubro de 2019.

Este resultado coloca o município de Rolândia em uma situação de alto risco segundo parâmetros da Organização Mundial da Saúde, que preconiza um índice de até 1% como aceitável. Contudo, de 27 regiões da cidade, 14 estão com índices altíssimos e se encontram em “risco de epidemia de dengue” – conforme o resultado do LIRAa:

Los Angeles – 23% (região do jardim Roland)

Campo Belo – 17%

Costa do Sol – 14%

São Fernando – 11%

O projeto do Rotaract de Rolândia-Caviúna consiste em preparar armadilhas feitas com garrafas pets, nas quais o mosquito põe os ovos e esses ao eclodirem ficam presos e morrem. O projeto foi apresentado a cerca de 50 rotarianos e a primeira ação para demonstrar, ensinar e distribuir as armadilhas foi feita no calçadão do centro da cidade de Rolândia. Essa ação teve excelente repercussão e aceitação por parte da mídia e população. Os companheiros do Rotary Club de Rolândia-Caviúna estiveram presentes na ação colaborando com os jovens do Rotaract, que já estudam a possibilidade de mais ações em locais diferentes da cidade e também novas dicas de como evitar criadouros.

A solução do problema da Dengue está muito ligado a limpeza dos locais que podem conter água parada e depende mais da população do que do Poder Público. A ação do Rotaract é apenas uma maneira de contribuir com a problemática e os cuidados devem ser permanentes.

ARMADILHA PASSO A PASSO

  1. Materiais: uma garrafa pet ; uma tesoura; uma lixa de madeira nº 180; um rolo de fita isolante preta; um pedaço (5 x 5 cm) de tecido chamado micro tule,; quatro grãos de alpiste .
  2. Tire a tampa da garrafa e, com um jeitinho especial, remova o anel do lacre da tampa, sem danificá-lo. Reserve este lacre; ele será usado como componente da sua mosquitérica;

 

  1. A próxima etapa é cortar a garrafa em duas partes. Antes de iniciar o corte, amasse a garrafa até obter uma dobra. Com o plástico dobrado fica mais fácil cortá-lo. Agora, use esse corte como furo para posicionar a tesoura e cortar o restante da garrafa; Uma das partes vai servir de copo e a outra, como um funil, será a tampa;
  1. Agora você vai lixar toda a superfície da tampa, que corresponde à face interna da boca do funil, até torná-la completamente áspera e fosca (lixe sempre no sentido único, da boca do gargalo, para o funil, no fundo). Essa peça constituirá a tampa da mosquitoeira;
  1. Corte o micro tule (5cm X 5cm) e cubra a boca da garrafa. Use o anel do lacre que você guardou como presilha. Esta fase exige o jeitinho especial, pois é necessário forçar a presilha para alcançar, pelo menos, a segunda volta da
  2. Para estabelecer a altura ideal do nível da água na mosquitérica é preciso encaixar a tampa, com o bico para baixo, dentro do copo. Identifique, de cima para baixo, o intervalo de altura que vai da boca do copo até o fundo fosco da tampa. O ponto médio desse intervalo deve ser considerado como a altura do nível da água na sua mosquitoeira. Marque esse nível com um pedaço de fita isolante, bem fino, como se fosse uma linha, colada pelo lado de fora do copo Essa marca também delimitará o espaço de ar que ficará acima da água, entre as duas peças da mosquitérica.
  3. Chegou a hora de começar a montagem da mosquitérica: acrescente água no copo, de forma que fique uma camada aérea de 3 a 4 cm (da boca do copo para baixo)l; coloque o alimento (quatro sementes de alpiste ou uma pelota de ração felina triturados dentro d’água; posicionar a tampa, de maneira simétrica, com o bico para baixo e então vede as duas partes da mosquitérica, usando fita isolante. Use a fita isolante para fixar as duas peças da mosquitérica e, ao mesmo tempo, vedar o espaço entre a borda do copo e a face externa da

Pronto!

Complete com água até o nível marcado com a tirinha de fita isolante.

9. Coloque a armadilha em local fresco e sombreado. Após uma semana, verifique a altura da coluna de água. Se estiver abaixo do nível, complete-a. Com o nível da água mais alto, os ovos que foram depositados na superfície áspera da tampa ficarão dentro d’água e, em poucos dias, será possível visualizar larvas de mosquitos nadando na parte inferior da mosquitérica

De agora em diante, observe-a todos os dias, acrescentando água à medida que esta for evaporando. As larvas se alimentarão dos micróbios presentes na água, que são alimentados pelos grãos ou sementes adicionadas. Os ovos eclodem, no estágio 1, e crescerão passando pelos estágios 2, 3 e 4, até se transformarem em pupas. Estas, por metamorfose, se transformarão na forma alada de mosquito (no caso da mosquitérica, os mosquitos que chegarem a esta fase, morrerão afogados dentro da armadilha).

10. Você pode saber se as larvas que apareceram são da espécie Aedes aegypti da seguinte maneira: usando o foco de luz de uma lanterna, ilumine as larvas presas dentro da mosquitérica. Se as larvas, lá presentes, fugirem da luminosidade, elas são Aedes aegypti. Então, você pode ter a seguinte certeza: têm alguém na redondeza criando esses “bichinhos”, como animais de estimação (mascote).

FONTE PESQUISA – https://www.artereciclada.com.br//wp-content/uploads/2015/12/mosquiteira-pet-dengue-1024×591.jpg

TEXTO E FOTOS – Fátima Cavalaro Gaffo